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PIED TO CLIPBOARD
Ao analisar uma amostra da Lua coletada pela missão chinesa Chang'e-5, cientistas identificaram um mineral que possui água em sua estrutura molecular. Os pesquisadores descartaram a possibilidade de que o hidrato tenha origem em contaminação terrestre ou na exaustão de foguetes. Um estudo sobre a descoberta foi publicado na revista Nature Astronomy.
Primeira detecção
O estudo revela que as moléculas de água representam aproximadamente 41% da massa total do mineral. Essa é a primeira detecção direta de água molecular no solo lunar. Segundo os pesquisadores, e estrutura e composição desse mineral são similares às de um mineral encontrado perto de vulcões na Terra.
Amostras trazidas pelas missões Apollo, da NASA, nas décadas de 1960 e 1970 não revelaram vestígios de água, levando os cientistas a acreditar que grande parte do solo lunar era completamente seco. No entanto, posteriormente, sensores remotos de satélites lunares detectaram água na Lua, especialmente perto de seus polos.
Essa descoberta aponta para uma forma potencial de existência de água na superfície lunar: sais hidratados. Diferente do gelo de água volátil, esses hidratos são muito estáveis em regiões de alta latitude da Lua, mesmo em áreas expostas à luz solar. Segundo os pesquisadores, isso abre novas perspectivas para o desenvolvimento e utilização futura dos recursos hídricos lunares, essencial para a criação de uma estação lunar de longo prazo, que a China planeja estabelecer até 2035.
A Chang'e 5 foi a quinta missão de exploração da Lua feita pela China e a primeira a retornar com amostras lunares. O dispositivo pousou no satélite natural em 1º de dezembro de 2020, coletou aproximadamente 1.731 g de amostras (incluindo de um núcleo com cerca de 1 m de profundidade), e retornou à Terra em 16 de dezembro do mesmo ano.
FONTES:
XINHUA E LIVE SCIENCE
IMAGENS:
ISTOCK