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A casa nº 112 na rua Ocean Avenue em Amityville na decada de 70. |
Em Junho de 1965, o Sr. Ronald DeFeo adquiriu a casa nº 112 na rua Ocean Avenue. Era uma casa linda, com uma arquitetura ao estilo Holandês, bastante espaçosa e com uma casa de barcos, um anexo com ligação ao rio. "Parecia o Sonho Americano: uma casa de sonho, família feliz e muito dinheiro para gastar."
Os DeFeo até colocaram uma tabuleta em frente á sua
casa onde se podia ler ”Grandes Esperanças”, como que um símbolo da
fortuna da família. Mas havia um lado negro escondido na família, o filho
mais velho do casal, Ronald Joseph "Butch" DeFeo Jr, consumia
drogas e praticava pequenos roubos, o que levava a frequentes e violentas
discussões com o seu pai.
O assassinato da família DeFeo
Todos os dias, por volta das 3:15 da manhã, Ronald DeFeo acordava com uma voz dizendo "Mata a tua família, mata a tua família!", até que chegou o dia em que já não conseguindo mais suportar essa voz maléfica, ele fez o que o "espírito" tanto lhe pedia.
A família Defeo. (Imagem montada) |
De seguida matou os seus dois irmãos John e Marc e posteriormente também as
suas duas irmãs Dawn e Allison.
Ronald Jr. fugiu depois de cometer os
crimes, desfazendo-se das caixas das balas e da bolsa almofadada da carabina
numa sarjeta de outra rua nos arredores.
Ele, dirigiu-se até o Henry's Bar, em Amityville, Long Island, Nova Iorque e disse: "Vocês tem que me ajudar! Acho que minha mãe e meu pai foram baleados!" e assim, ele acompanhado dos amigos voltaram à casa de onde um deles efetuou um telefonema para a polícia e relatar o acontecido. Ronald afirmou que não se lembra de ter matado sua família, mas depois garantiu que tinha sido ele.
Quando a polícia chegou ao local do crime, foram encontrados 6 corpos, todos nas suas camas e todos na mesma posição: de barriga para baixo.
Ronald DeFeo Jr. era o filho mais velho da família, com 23 anos, e também era conhecido como "Butch". Ele foi levado para a delegacia local para sua própria proteção, depois de sugerir a policiais na cena do crime que as mortes tinham sido realizados por uma máfia ligada a um homem chamado Louis Falini.
No entanto, uma entrevista com DeFeo na delegacia logo revelou inconsistências sérias na sua versão dos acontecimentos e, no dia seguinte, ele confessou a autoria dos assassinatos. Ele disse aos detetives: "Quando comecei, eu simplesmente não conseguia parar. Passou tão rápido".
Quando lhe perguntaram porque cometeu esse crime com
tamanha atrocidade ele adiantou:
"Eu não matei a
minha família, eles iam matar-me. O que eu fiz foi em auto-defesa e não há nada
de errado com isso.
Quando tenho uma arma na mão, não há duvida nenhuma sobre
quem eu sou. Eu sou Deus, a voz mandou, ele é poderoso, sentia que fazia parte
de mim. Amo
ele!"
Um dos corpos a ser retirado da casa. |
Um dos corpos a ser retirado da casa. |
Após os assassinatos:
No dia 18 de dezembro de 1975, mais de um ano após os assassinatos da família DeFeo, o jovem casal George e Kathy Lutz mudou-se para a casa no número 112 da Ocean Avenue com seus filhos Daniel, de 9 anos, Christopher, de 7 e Missy, de 5. E depois de 28 dias, a família Lutz abandonou a casa, alegando que ela era assombrada.
A primeira experiência anormal aconteceu quando o casal pediu ao padre e amigo da família, Frank Ralph Pecoraro para que benzesse a casa, enquanto eles realizavam a mudança. Ao andar pela casa, o padre teria ouvido uma grave voz masculina que dizia: "Saiam daqui!".
O casal George e Kathy Lutz e seus filhos. |
Após a visita, o padre percebeu que seu carro começara a apresentar problemas. O capô levantou-se abruptamente, estilhaçando seu pára-brisa, a porta do passageiro foi aberta, os limpadores de vidro começaram a funcionar sem que ninguém os tivesse acionado e, por fim, seu carro ficou atolado.
Tempos depois, acontecimentos paranormais semelhantes começaram a acontecer na casa, como portas e janelas que abriam e fechavam abruptamente, vasos sanitários escurecidos, cruxifixos que viravam de cabeça para baixo, enxames de moscas que surgiam sem motivo aparente, e o lodo esverdeado que vertia dos tetos e fechaduras das portas.
Além disso, o Sr. Lutz encontrou um "quarto secreto" no porão, que não aparecia nas plantas da casa. Esse cômodo era pintado de vermelho e cheirava a sangue e ovos podres.
Lutz afirmou ter visto um rosto na parede, o qual mais tarde reconheceria como sendo o de Ronald "Butch" DeFeo. Enquanto moravam na casa, a Sra. Lutz declarou que sentia mãos invisíveis a agarrando e que, numa certa manhã, teria acordado coberta de vergões, como se tivesse sido queimada com ferro quente.
O casal declarou ter notado mudanças drásticas na personalidade um do outro e na de seus filhos enquanto viviam na casa. Além disso, a família Lutz afirmou ter visto diversas aparições pela casa, incluindo a de uma pessoa que usava um capuz branco e estava ferida a bala, que assombrava a sala; e a de um porco gigante de olhos vermelhos ofuscantes que aparecia do lado de fora das janelas para espiar o que acontecia dentro da casa.
Alguns relatos da família Lutz:
- A pequena Lutz costumava dizer a sua família que o porco era o seu amigo "Jodie".
- Havia um cheiro misterioso que infestava a casa e a água da descarga descia preta.
- As crianças começaram a brigar violentamente entre si.
- George começou a acordar todas as noites às 3:15, o horário aproximado do assassinato dos DeFeo.
- Um dia, enquanto Kathy estava na cozinha, ela sentiu uma presença abraçando-a, de repente, por trás.
- Kathy disse ter visto algo ou alguém a observando da janela, no meio da noite.
- Sombras foram vistas se movendo ao redor da casa.
- Em vários momentos George e Kathy perceberam que sua filha havia começado a interagir com um amigo imaginário chamado Jodie. A menina descreveu Jodie como um leitão.
- Certa noite, George entrou no quarto de Missy e viu olhos vermelhos espiando-o do lado de fora da janela. Na manhã seguinte, ele encontrou pegadas de cabra, na neve que havia em frente a casa.
- Certa noite, George acordou e viu sua mulher levitando.
Após 28 dias de horror, a família saiu fugida da casa, deixando todos os pertences para trás e nunca voltaram.
O que aconteceu com Ronald Defeo?
Embora "Butch" tenha sido
condenado a 6 penas consecutivas de 25 anos de prisão acusado de 6 crimes em
segundo grau, muitas questões se mantêm sobre o que realmente aconteceu naquela
noite.
Algumas de nossas duvidas:
- Porque não fugiram as crianças quando ouviram os primeiros tiros?
- Porque motivo foram todas as vítimas encontradas na mesma posição? Teria ordenado que ficassem de barriga para baixo?
- Porque razão os vizinhos não ouviram os tiros?
O barulho de uma carabina daquelas é bastante alto e pode ser ouvido a
mais de um KM e meio de distancia, no entanto a única coisa que um dos
vizinhos afirma ter ouvido naquela noite foi o cão da família a ladrar.
Ficou ainda provado que não foi utilizado qualquer tipo de silenciador
na carabina de modo a abafar o ruído. As autópsias revelaram ainda que as
vítimas não estavam sobre o efeito de qualquer tipo de drogas ou substancia que
favorecesse os assassínios.
Em 2019 o "Bucth" ainda continuava
a cumprir pena na prisão de Green Haven em Nova York e sempre lhe foi negada a
saída em liberdade condicional. Ronald DeFeo morreu em 12 de março de 2021, aos 69 anos de idade, no Albany Medical Center.
Provavelmente nunca saberemos toda a
verdade sobre o que se passou naquela casa na noite de 13 de Dezembro de 1974.
Ed e Lorraine Warren: Foram investigadores de fenômenos paranormais e autores associados com casos de destaque de assombração.
Os Warrens são conhecidos por seu envolvimento em 1976, no caso Amityville Horror em que um casal de New York, George e Kathy Lutz afirmaram que sua casa era assombrada por uma presença violenta, assombrosa e demoníaca. Os intensutores de conspiração Stephen e Roxanne Kaplan caracterizam o caso como um "hoax". Lorraine Warren disse a um repórter do jornal de notícias Express-Times que o Horror em Amityville não era uma farsa.
A assombração relatada foi a base para o livro de 1977 The Amityville Horror, e em 1979 e 2005 foram feitos filmes do mesmo nome. O caso também foi apresentado na cena inicial de Invocação do Mal 2 (2016).
De acordo com o casal Warren:
- Na cozinha, ele viu sombras com milhares de pontos de luz. Essas sombras tentaram puxar ele para o chão. A Sra. Warren se apoiou na religião para resistir aos fenômenos da casa, mandando que o espírito saísse. Imediatamente teve uma sensação de algo tentando se levantar da terra, e percebeu que o que havia na casa era realmente maligno.
Ed e Lorraine Warren |
Essa foto foi tirada no dia dos assassinatos, Lorraine confirmou a presença de demônios na casa. |
- Na cozinha, ele viu sombras com milhares de pontos de luz. Essas sombras tentaram puxar ele para o chão. A Sra. Warren se apoiou na religião para resistir aos fenômenos da casa, mandando que o espírito saísse. Imediatamente teve uma sensação de algo tentando se levantar da terra, e percebeu que o que havia na casa era realmente maligno.
- Lorraine foi tomada de pânico antes mesmo de entrar na casa, então, entrou em contato com alguns amigos, sacerdotes, pedindo-lhes para acompanhá-la "espiritualmente" na casa.
- Quando ela subiu para o segundo andar, Lorraine sentiu uma enorme torrente de forças que vinham de encontro a ela, enquanto a energia da casa se tornava muito pesada.
- Na entrada para o quarto de Missy Lutz, Lorraine percebeu que os móveis que estavam no quarto eram os mesmos de quando as irmãs DeFeo haviam sido mortas.
- No terceiro andar, Lorraine viu um demônio em forma do Sr. Ronald Joseph DeFeo. Esse encontro teria sido tão terrível, que ela se convenceu de que não havia nada que pudesse ser feito para que o demônio saísse da casa.
O que há dentro da casa?
Uma das lendas conta que havia uma tribo indígena no local que se tornou a cidade de Amityville. Dizem que o local onde a casa número 112 da Ocean Avenue foi construída havia sido usado como uma espécie de isolamento, onde membros da tribo que estivessem doentes ou loucos eram mantidos à mercê da própria morte. Segundo essa crença, os fenômenos estariam relacionados aos espíritos dos indígenas que vagam pelo local.
Outra lenda envolve um homem chamado John Ketchum, que fugiu de Salem durante os julgamentos por bruxaria e construiu sua casa no local onde mais tarde seria construída a casa de Amityville. Diz a lenda que Ketchum teria usado sua casa para prosseguir com sua prática de "adoração ao demônio" e teria sacrificado diversos porcos e cães naquele local.
De acordo com essa lenda, Ketchum teria aberto uma "porta para o inferno" que nunca mais teria sido fechada, deixando o caminho livre para que demônios fizessem a travessia para o nosso mundo.
É claro que existem muitas outras lendas, histórias de que a casa teria sido construída sob um cemitério abandonado e rumores de uma maldição feita por um antigo morador de Amityville, enforcado injustamente.
A casa da Avenida Ocean 112
Em 13 de janeiro de 1977, o professor Hans Holzer, escritor e especialista em paranormal, com Ethel Johnson-Myers visitaram a casa. O médium foi afirmou que a casa havia sido construída sobre um cemitério indígena.
Em 18 de março de 1977, Jim e Barbara Cromarty compraram a casa, para afastar os curiosos, o casal mudou o endereço para 108 Ocean Avenue. No entanto, a casa continuou a atrair diversos turistas, tanto que os Cromatry tiveram que abandonar o local e deixar a casa vazia a partir de 1979 até 1987, ano em que eles conseguiram vendê-la.
No dia 17 de agosto de 1987, a casa foi comprada pelos cônjuges, Pedro e Joana O'neil, pelo preço aumentado quase seis vezes, um valor que não está diretamente ligada à fama de terror, mas várias melhorias e reformas que os Cromatry fez, além do aumento maciço no mercado de construção, em Long Island. Foram os O'neil que alteraram as duas janelas superiores que chamavam a atenção da casa, para janelas quadradas, além de preencher a ex-piscina dos DeFeo. O'neil viveu lá por dez anos, sem qualquer problema.
Referente ao intervalo de 1990 a 2015 não existe registros de compra e venda na casa e nem quem passou por ali.
Em junho de 2016, após a morte de seu antigo proprietário, a casa foi posta à venda pelo valor de $850,000.
Em 9 de fevereiro de 2017, depois de passar 165 dias no mercado, a casa foi arrematada pelo preço de $605,000. Os corretores responsáveis pelo negócio se recusaram a comentar sobre quaisquer detalhes e os compradores não foram identificados.
Nos tempos atuais (2023), não se sabe se a casa esta desocupada ou se existe proprietários. Acreditasse que a casa se encontra abandonada, pela falta de movimentação e o estado que se encontra.
Ao pesquisar no Google Maps, a casa se encontra oculta para visualização. (Pesquisa realizada em Junho de 2023).
Fonte: Wikipedia e edições do Reconstruindo o Passado.
Imagens: Desconhecido.